segunda-feira, 15 de março de 2010

Política - Hélio Costa não abre mão da disputa pelo governo de Minas

O ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), disse ontem que não abre mão de ser candidato ao governo de Minas e garantiu que a ministra da Casa Civil e candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, Dilma Rousseff, não terá dois palanques em Minas Gerais, um do PT e outro de seu partido.

Questionado se poderia abrir mão de sua candidatura em favor de um nome do PT, o ministro foi taxativo. “Não abro mão de nada. Nem de encontrar um caminho para a conciliação”, disse Costa, que, em clima de campanha eleitoral, participou ontem em Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte, de um encontro do PMDB Jovem. Na solenidade, a maioria dos participantes, incluindo o filho do ministro, Gabriel, de 13 anos, usava uma camiseta estampada: “Agora é Hélio Costa”.

A fala do ministro foi uma resposta ao PT, que aprovou a realização de prévias para a escolha de seu candidato ao governo do estado, descartando a possibilidade de a legenda vir a apoiar a candidatura do ministro, e na contramão da decisão do diretório nacional petista que recomendou a não realização de prévias para evitar disputas internas entre os aliados de Lula nos estados.

O ministro não quis comentar a declaração do presidente do PT mineiro, deputado federal Reginaldo Lopes, de que ele não será o candidato do partido ao governo de Minas. “Isso é um problema do PT mineiro. Não vou comentar.” Apesar dos recados do PT mineiro de que não pretende se aliar ao peemedebista na disputa pelo Palácio da Liberdade, ele garantiu mais uma vez que os dois partidos estarão juntos nestas eleições. Costa defende a escolha de seu nome como candidato único da base aliada do presidente Lula alegando ser o mais bem colocado nas pesquisas de intenção de voto já realizadas. Ele afirmou que dentro de “duas ou três semanas” as duas legendas vão anunciar que estarão juntas na candidatura majoritária em Minas.

Difícil

O presidente do PMDB mineiro, deputado federal Antônio Andrade, acusou o PT mineiro de estar criando dificuldades para a candidatura de Dilma. “Justamente o partido que mais tem interesse em eleger a ministra está criando dificuldade.” Segundo ele, a resistência dos petistas mineiros pode atrapalhar as costuras nacionais em torno da candidatura de Dilma. “O PT nacional, o PMDB nacional, assim como o PMDB mineiro e assim como o presidente Lula, entendemos que a base tem de ter um único candidato no estado. O único que está divergindo desse nosso pensamento é o PT mineiro.” Andrade disse que esse será um dos principais temas a ser discutidos entre a direção nacional dos dois partidos na semana que vem.

Ele lembrou que Minas é o segundo maior colégio eleitoral do país e o segundo em número de delegados na convenção nacional do PMDB. “Há uma força muito grande do PMDB mineiro em qualquer decisão de composição nacional. Nós praticamente decidimos a aliança nacional, uma vez que há um certo equilíbrio entre aqueles que querem apoiar a Dilma e entre aqueles que não querem, por isso fica muito difícil uma composição nacional sem ter uma composição aqui em Minas Gerais”, afirmou Andrade, que durante a entrevista não escondeu sua irritação com o partido no estado. “Assim fica muito difícil compor”, reclamou.

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