sexta-feira, 19 de março de 2010

Educação - Piso salarial de professores é R$ 1.024,67

JB

Ministério da Educação anuncia piso nacional de R$ 1.024,67 para 40 horas semanais. Piso salarial de professores é reajustado a partir de 1º/1/2010.

O piso nacional do professor do ensino básico deverá aumentar 7,86% a partir de hoje, passando dos atuais R$ 950 para R$ 1.024,67 para 40 horas semanais. O reajuste anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) é menos da metade do reivindicado por professores e maior que o desejado por estados e municípios.

A inflação acumulada desde a sanção da lei, em julho de 2008, foi de 6,19%. Os professores defendiam um reajuste maior para o vencimento ter um aumento real mais amplo. O pagamento integral do piso será obrigatório a partir deste ano.

Os 7,86% estão sustentados em um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) pelo qual o aumento deve seguir a variação de 2008 a 2009 do valor mínimo por aluno no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que recebe recursos da União, estados e municípios.

A lei diz que o índice de reajuste será a variação do Fundeb, mas não diz quais anos devem ser comparados. Por isso, a recomendação do MEC pode não ser seguida. "A AGU deu uma interpretação, que não é vinculante. É passível de contestação, mas é uma orientação que o MEC vai seguir na interlocução com esados e municípios"", disse, na quarta-feira, o ministro da Educação, Fernando Haddad. A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação pedia o aumento com base na comparação entre o Fundeb de 2009 e a estimativa para 2010, de 15,94%.

ANÁLISE DO CONGRESSO

Já estados e municípios defendiam que o aumento acompanhasse o índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que daria um reajuste de cerca de 4%. Essa ideia é objeto de um projeto do governo sob análise do Congresso. Para a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, a alta de 7,86% dificultará a implementação do piso, não seguido em todo o País, principalmente no Norte e Nordeste.

Haddad disse que a proposta dos 4% deverá ser decidida pelo Congresso, e a demanda do reajuste de 15,94% não foi acolhida pela AGU, pois não seria possível calcular o aumento com base na projeção de 2010, feita a partir da previsão da arrecadação de tributos. Podem contar no piso nacional o vencimento básico e as gratificações.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) queria um aumento maior no salário dos professores a partir deste ano, já que o valor de R$ 950 foi estabelecido em 2008 e não houve correção em 2009. A falta de reajuste salarial no ano passado ocorreu devido ao entendimento da Advocacia-Geral da União (AGU) de que o Supremo Tribunal Federal (STF), em uma ação contra o piso nacional movida por governadores, havia decidido por adiar a concessão do aumento para 2010.

MEC diz que estado pode pagar professor

Os estados e municípios têm condições de pagar o piso salarial dos professores, no valor de R$ 1.024,67, conforme interpretação da Advocacia-Geral da União (AGU), disse o ministro da Educação, Fernando Haddad. O reajuste do piso passou a vigorar ontem e corresponde a uma jornada semanal de 40 horas.

O ministro Haddad apresenta três razões que justificam a capacidade de governadores e prefeitos de honrar o reajuste de 7,86% no piso dos professores.

A primeira, o aporte adicional de R$ 1 bilhão, a serem transferidos pelo governo federal este ano, aos cofres de estados e municípios, com o aumento de 36% nos repasses para merenda e transporte escolares.

Outra razão é o aumento das transferências da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

A terceira questão relacionada por Haddad refere-se às projeções do Produto Interno Bruto (PIB) para 2010. Todas indicam crescimento de 5% na arrecadação.

2 comentários:

  1. Entendo que este piso é o mínimo que o Lula poria fazer pelos professores. Ainda temos muito a fazer pela educação. Mas vamos começar pelas nossas cidades. Em Morro do Pilar, por exemplo, o prefeito enviou nos últimos dias do ano um PL implantando o PCCS do Magistério e em tramitação de urgência. O que a população tem que saber, é que o dia 31/12/09 era o último prazo previsto pela Lei 11738. Isto retrata a importancia que o prefeito municipal dispensa à educação. E ainda repassa a responsabilidade para a Câmara Municipal em carater de urgência. Espero que nossos vereadores tenham responsabilidade, e antes de emitir parecer sobre o PL municipal, discutam o PCCS com o sindicato, com todos os professores da ativa, com toda a comunidade escolar, com todos os nossos líderes (professores) espirituais - Padre Adão, Luiz, Divino e demais.Também deveria participar desta discussão os professores aposentados, que têm muita experiência para nos passar - D. Maria José, D. Edite, D. Amélia, D. Das Neves, D. Neuza, D. Maria Alice, D. Tereza e demais interessados. Não discutir o PCCS com a comunidade acadêmica morrense seria um crime contra a educação. O projeto tem que ser aprovado,mas com as emendas sugeridas pela comunidade morrense e ajustes previstos na Lei Federal.

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  2. Concordo pleamente com as palavras do nosso amigo Ronny. Para melhorar a qualidade de vida de nossa cidade, temos que começar pela educação de qualidade. E para isso precisamos valorizar muito os professores que é quem nos ensina os primeiros passos da vida. Além disso precisamos acrescentar critérios para que o executivo não use a contratação de pessoal para fazer política. Além de vários itens que deve ser discutido de forma democrática, e assim adequar não só nesse projeto, (PCCS) mas, todos os projetos de nossa cidade, para que nossa comunidade seja a maior beneficiada.
    Um abraço.

    Antônio Leão
    Vereador de Morro do Pilar

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