segunda-feira, 29 de março de 2010

Correios - Entregas sofrem atrasos para justificar sua privatização

TV CANAL 13 - PI - 25/03/2010

Atrasos na entrega de correspondências é um problema que atrapalha a vida do cliente e, infelizmente, a cada dia vem se tornando mais parte do cotidiano dos brasileiros. A população reclama com os carteiros, que estão na linha de frente com o público, achando que a culpa é deles, mas na verdade a situação faz parte de uma estratégia de sucateamento da empresa visando sua privatização.As duas companhias aéreas que são responsáveis pelo transporte postal dos CORREIOS nas regiões Centro-Oeste, Norte-Nordeste do país tiveram cinco de suas linhas canceladas, o que é a real origem do problema que vem atingindo em cheio quem necessita dos serviços. Para se ter uma ideia, a carga vai de avião até Salvador-BA e de lá vem transportada de caminhão para o Piauí, causando transtornos para a população e também para os trabalhadores dos CORREIOS, que além de estarem com problemas nos horários de receber as encomendas, são pressionados pelos clientes da empresa, devido aos atrasos.

Este tipo de problema tem a intenção de servir como argumento para o governo e a direção dos CORREIOS de que a empresa não vem atendendo bem a demanda da população e que precisa passar por uma "reformulação" proposta no relatório do GTI (Grupo de Trabalho Interministerial), que visa à transformação da Empresa Brasileira dos CORREIOS e Telégrafos de hoje em CORREIOS do Brasil S.A., o que, na prática, significa sua privatização, pois abre seu capital para a iniciativa privada.

É importante que não apenas os funcionários dos CORREIOS fiquem atentos a este tipo de atitude, mas também que a população tenha consciência sobre os riscos que os serviços prestados hoje pelos CORREIOS sofrem com esta ameaça de privatização. Basta usar como exemplo outras empresas públicas que já foram privatizadas para ter uma breve noção do que esperar dos CORREIOS do Brasil S.A. Uma mudança de foco na essência da empresa, onde o que mais importa não é sua função social, mas quanto lucro está gerando.

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