quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Correios - Paulo Bernardo, o bombeiro do Planalto, tem novo desafio

R7 - Christina Lemos

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, bem que tentou dar uma mão à campanha de sua mulher, Gleisi Hoffmann – que concorre a uma vaga no Senado pelo Paraná -, mas teve de interromper suas férias para atender a um pedido do presidente Lula. Terá agora a missão de apaziguar os ânimos nos Correios e descobrir uma milagrosa fórmula de evitar uma marola política ainda maior do a que culminou com a saída do Diretor de Operações, Eduardo Arthur Rodrigues Silva. Nova turbulência não é desejável a 12 dias das eleições - nem mesmo para uma candidata 27 pontos à frente do adversário.

Não é a primeira vez que Bernardo faz o papel de “bombeiro” do Planalto. Petista do núcleo duro do governo, cotado até para substituir Erenice Guerra na Casa Civil, o ministro desfruta da credibilidade e do respeito do presidente, que tem recorrido a ele quando tem nas mãos um abacaxi para descascar.

Foi assim quando, em julho, o comando da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) teve de ser trocado e foi assim nesta segunda-feira (20), quando Lula chamou Bernardo de volta a Brasília para servir como uma espécie de “interventor” nos Correios.

Casa Civil - Mas a missão mais difícil de Bernardo pode ainda estar por vir. Poderá ser a solução dos problemas de Dilma, caso eleita, na hora de entregar o ministério que está no coração do Palácio do Planalto. Paulo Bernardo é apontado como a melhor pessoa para chefiar a Casa Civil porque conhece as limitações e as possibilidades do caixa do governo e terá condições de apresentar à presidenta um quadro realista da situação do país.

Crise aérea - O hábito de Lula de convocar o guardião do cofre do Planejamento nas emergências remonta abril de 2007. No auge da crise aérea, Bernardo foi convocado por Lula para intervir na paralisação dos controladores de voo, que elevou ao grau máximo o caos que nos aeroportos. Lula, que voava para o exterior, por telefone, determinou que Bernardo se deslocasse pessoalmente para a central de controle de tráfego aéreo, o Cindacta, em Brasília. Na época, o ministro andou exagerando nas promessas aos controladores para pôr fim ao que os militares depois batizaram de motim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Companheiros, colegas, conterraneos e amigos.
Fiquem à vontade para comentar e/ou criticar.