sábado, 8 de janeiro de 2011

Político denunciado tem direito a julgamento em foro especial

Ronny Sávio Campos Tomaz

A população morrense aplaude a decisão da justiça que rejeitou os recursos impetrados pelos acusados da chacina de Unaí.
Eles foram denunciados pelo envolvimento no assassinato de um motorista e três auditores-fiscais do Trabalho, sendo um deles o nosso conterrâneo, filho de Morro do Pilar, João Batista Soares Lage.
O crime bárbaro ocorreu no dia 28 de janeiro de 2004, a que tudo indica, a mando dos fazendeiros Norberto e Antério Mânica, sendo o último, também, prefeito da cidade.
O Joãozinho, os outros dois auditores fiscais e o motorista do Ministério do Trabalho e Emprego foram assassinados numa estrada rural do município. Eles realizavam ação de fiscalização de fazendas produtoras de feijão da região para evitar a exploração de trabalhadores. Foram verdadeiros heróis, lutando contra o poderio econômico dos fazendeiros que exploravam os trabalhadores expondo-os às condições mais degradantes e descumprindo totalmente a legislação trabalhista.
Oito dos nove acusados pela chacina vão a Júri Popular. A exceção é Antério Mânica, que tem direito a julgamento em foro especial, por ser prefeito de Unaí.
O prefeito eleito pelo PSDB, usa de sua influência política junto ao governo de Minas e do seu poder econômico para tentar obstruir a ação da justiça.
Mais uma vez a política é usada de forma irregular e, contraria a vontade do povo, defende os interesses dos poderosos.
É por este e outros acontecimentos que atuo insistentemente para sabermos diferenciar, um projeto político conduzido por militantes políticos comprometidos com as causas sociais e as promessas demagógicas dos candidatos populistas e salvadores da pátria, que prometem tudo que você precisa, mas somente buscam o poder e o enriquecimento pessoal.
A sociedade morrense e as famílias das vítimas, exigem justiça e a condenação exemplar de todos os envolvidos culpados.
A chacina foi de uma crueldade extrema. Uma violência contra a família morrense e aos auditores, a serviço do país, em defesa do cumprimento dos direitos trabalhistas, no exercício de suas atividades.
A justiça está agindo para acabar com a impunidade, mas os políticos têm que dar bons exemplos.

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