quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Petistas mineiros agora brigam pelo 3º escalão

EM - Juliana Cipriani


Esquecidos na composição do ministério da presidente Dilma Rousseff (PT), e ainda sem garantias do que lhes caberá nos cargos federais em Brasília, os petistas de Minas Gerais já se articulam para tentar diminuir a desvantagem indicando nomes para o chamado terceiro escalão. São cerca de 40 cargos de órgãos de representação dos ministérios e outras instituições, alguns de ampla nomeação e outros restritos aos funcionários de carreira. O PT mineiro já teve uma primeira conversa com o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio.

Os petistas querem a definição do critério para a ocupação dos cargos. O presidente do PT de Minas Gerais, deputado federal Reginaldo Lopes, defende que os partidos da base aliada a Dilma no estado façam uma lista única de nomes e postos. Entre os partidos mineiros, somente DEM, PSDB e PPS não apoiam a petista. “Vamos ver com o ministro como vai ser a ideia de composição em Minas, se vai ter uma lista única ou cada partido apresentará os pleitos. Nós do PT achamos que o melhor é fazermos juntos as indicações”, afirmou.

Para o segundo escalão, o PT entregou um documento com 10 postos e nomes que querem emplacar ou manter nos cargos. Por enquanto, só foram confirmados Helvécio Magalhães na Secretaria de Atenção Básica do Ministério da Saúde e Luiz Fernando, que continua no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Tentam indicar Gilson Queiroz para a presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Os petistas pediram ainda a manutenção de nomes no Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Secretaria de Recursos Hídricos, Eletrobrás, Furnas e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). No primeiro escalão do governo Dilma, somente o ex-prefeito Fernando Pimentel, amigo pessoal da presidente, conseguiu uma vaga. Foi nomeado ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Sem PMDB

O PT de Minas Gerais não deve contar com o apoio dos peemedebistas para aumentar a pressão por cargos no terceiro escalão. Segundo o vice-presidente da legenda no estado, deputado federal Leonardo Quintão, o partido não pretende integrar lista conjunta. “Desde o início isso foi feito de modo independente, não teria motivo para mudar agora”, afirmou. Conforme o dirigente, o partido não se sente contemplado no governo e a bancada mineira adotará uma postura independente em relação a Dilma.

As nomeações para o segundo e terceiro escalão, segundo o parlamentar, não reduzem a insatisfação dos peemedebistas. “Os cargos serão compostos por todos os partidos da base e o PMDB de Minas não se sente representado como um estado da importância que tem e com a votação que deu para a presidente”, disse.

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